Cerca de 50 milhões de mulheres da Ásia correm o risco de se contaminar com o vírus da Aids por causa do comportamento sexual de seus maridos e namorados, disseram sanitaristas em relatório apresentado na terça-feira.
Mais de 90 por cento das 1,7 milhão de mulheres portadoras do vírus HIV na Ásia contraíram a doença enquanto mantinham relações estáveis e monogâmicas com homens que adotaram comportamentos sexuais promíscuos ou eram usuários de drogas injetáveis, segundo o relatório da Unaids (programa da ONU para o combate à Aids).
"Precisamos visar os homens que fazem sexo pago, usuários de drogas injetáveis, homens que fazem sexo com homens, que podem transmitir o vírus a suas parceiras", disse Jean D"Cunha, diretor regional do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres no Sul da Ásia, numa entrevista coletiva realizada durante uma conferência sobre Aids em Bali.
"Precisamos questionar as atitudes, valores e comportamento, e transformá-los para que as mulheres fiquem menos vulneráveis ao HIV/Aids."
Embora a questão da desigualdade de gênero costume ser ignorada ou mesmo alvo de piada, os especialistas dizem que o assunto é sério quando se trata de Aids.
As prostitutas, por exemplo, têm pouco poder de barganha e se veem obrigadas a aceitar quando seus clientes recusam o uso de preservativos. Enquanto isso, as esposas desses homens também não têm poder para exigir que seus maridos usem os preservativos, mesmo sabendo que eles têm um comportamento sexual arriscado.
Embora haja progressos na luta contra a Aids em algumas frentes, as mulheres continuam sendo as maiores vítimas. Elas representam hoje 35 por cento de todas as infecções entre adultos na Ásia. Em 1990, eram apenas 17 por cento.
Maire Bopp-Allport, diretora da Fundação da Aids nas Ilhas do Pacífico, contraiu a doença do seu namorado por volta de 1996. Hoje, é uma figura conhecida na luta global contra a doença.
"No âmago da questão estão milhares de anos de educação para os nossos homens de que é OK achar que as mulheres estão lá simplesment para servi-las e fazer tudo o que eles querem. Precisamos criar uma nova cultura em que isso não seja OK", afirmou ela à Reuters.
"Eles precisam conseguir pensar que o abuso de uma mulher é o abuso das suas filhas, quando suas filhas virarem mulheres", acrescentou.
Mais de 90 por cento das 1,7 milhão de mulheres portadoras do vírus HIV na Ásia contraíram a doença enquanto mantinham relações estáveis e monogâmicas com homens que adotaram comportamentos sexuais promíscuos ou eram usuários de drogas injetáveis, segundo o relatório da Unaids (programa da ONU para o combate à Aids).
"Precisamos visar os homens que fazem sexo pago, usuários de drogas injetáveis, homens que fazem sexo com homens, que podem transmitir o vírus a suas parceiras", disse Jean D"Cunha, diretor regional do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres no Sul da Ásia, numa entrevista coletiva realizada durante uma conferência sobre Aids em Bali.
"Precisamos questionar as atitudes, valores e comportamento, e transformá-los para que as mulheres fiquem menos vulneráveis ao HIV/Aids."
Embora a questão da desigualdade de gênero costume ser ignorada ou mesmo alvo de piada, os especialistas dizem que o assunto é sério quando se trata de Aids.
As prostitutas, por exemplo, têm pouco poder de barganha e se veem obrigadas a aceitar quando seus clientes recusam o uso de preservativos. Enquanto isso, as esposas desses homens também não têm poder para exigir que seus maridos usem os preservativos, mesmo sabendo que eles têm um comportamento sexual arriscado.
Embora haja progressos na luta contra a Aids em algumas frentes, as mulheres continuam sendo as maiores vítimas. Elas representam hoje 35 por cento de todas as infecções entre adultos na Ásia. Em 1990, eram apenas 17 por cento.
Maire Bopp-Allport, diretora da Fundação da Aids nas Ilhas do Pacífico, contraiu a doença do seu namorado por volta de 1996. Hoje, é uma figura conhecida na luta global contra a doença.
"No âmago da questão estão milhares de anos de educação para os nossos homens de que é OK achar que as mulheres estão lá simplesment para servi-las e fazer tudo o que eles querem. Precisamos criar uma nova cultura em que isso não seja OK", afirmou ela à Reuters.
"Eles precisam conseguir pensar que o abuso de uma mulher é o abuso das suas filhas, quando suas filhas virarem mulheres", acrescentou.
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