O Ministério das Relações Externas da República Popular Democrática da Coreia divulgou na última quarta-feira uma declaração sobre a questão nuclear na Península Coreana, reproduzido pela Agência Coreana Central de Notícias. A declaração afirma que a desnuclearização da Península Coreana é um princípio invariável para a RPDC, entretanto a construção da confiança mútua é uma premissa, já que trata-se dos EUA os primeiros a introduzirem armas nucleares na península.
O Ministério também delcara no documento que a RPDC trabalhou duro para estabelecer uma zona livre de armas nucleares por meio do diálogo pacífico e da negociação. entretanto, esses esforços provaram ser inválidos. A RPDC foi forçada a "deter a força nuclear dos EUA com seus próprios artefatos atômicos, não só fazendo apelos verbais".
De acordo com o documento, as armas nucleares instaladas pelos Estados Unidos na Coreia do Sul tiveram um contínuo crescimento dos anos 1950 aos anos 1970.
A RPDC participará do "esforço de desarmamento nuclear internacional em posições idênticas às das outras nações nucleares", diz a declaração.
Na recente revisão da doutrina nuclear americana, a administração Obama errou ao não desautorizar o uso de armas nucleares contra países como RPDC e Irã, sob o pretexto de que essas nações teriam violado e deixado o "Tratado de Não-Proliferação Nuclear".
Em uma declaração dada em 9 de abril, um porta-voz do Ministério das Relações Externas da RPDC denunciou a nova doutrina americana, por ela ter derramado um balde de água fria na restauração do diálogo entre seis nações sobre a questão nuclear da Península Coreana.
O porta-voz disse que a RPDC desenvolveu armas nucleares com o propósito de "deter um ataque dos EUA e defender sua soberania e direito a existir". O país teve, desde então, "implementado sinceramente suas obrigações internacionais como um estado responsável nuclear". A RPDC retirou-se do TNP em 10 de janeiro de 2003.
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