quarta-feira, 7 de abril de 2010

Palestinos começam greve de fome em prisões israelenses

Prisioneiros querem que Israel "pare de humilhar" suas famílias nos postos de controle e nas portas de acesso às prisões


Da EFE

Mais de 7.000 presos palestinos em 13 penitenciárias e centros de detenção israelenses deram início nesta quarta-feira (7) a uma greve de fome por tempo indeterminado, para pressionar o serviço penitenciário israelense, em busca de melhorias.

O Ministério para Assuntos dos Prisioneiros palestino afirma, em comunicado enviado à imprensa, que os presos iniciaram a greve de fome em dez prisões e três centros de detenção.

O Centro para o Estudo de Prisioneiros, uma associação independente com sede em Gaza, informou que as autoridades penitenciárias de Israel tentam convencer os líderes dos detentos em várias prisões para que não se unam à greve, mas "fracassaram até o momento".

"Os presos têm cinco reivindicações principais para suspender a greve", segundo um comunicado do centro, que ressalta que todas elas "são legais e estão garantidas pelo direito internacional".

Os prisioneiros querem que Israel "pare de humilhar" suas famílias nos postos de controle e nas portas de acesso às prisões e que as visitas de familiares residentes em Gaza sejam permitidas, após quatro anos de restrição.

Israel impõe há mais de três anos um rígido bloqueio à faixa palestina, controlada pelo movimento radical islâmico Hamas.

Visitas

Os presos exigem ainda que centenas de familiares que moram de Cisjordânia, Jerusalém Oriental e árabes com cidadania israelense possam visitar seus parentes presos. Israel alega "razões de segurança" e proíbe as visitas.

Os presos também querem que seja permitido assistir ao canal de televisão árabe Al Jazira, a receber livros de seus familiares, e que os estudantes do ensino médio possam realizar seus exames na prisão.

"Esta é a primeira ação deste tipo em vários anos realizada pelos presos, unidos em suas reivindicações legais", declarou, em Gaza, Rafat Haduna, principal responsável pelo Centro para o Estudo de Prisioneiros.

Por sua parte, a Autoridade de Prisões de Israel recusou dar declarações sobre o anúncio e ressaltou o respeito geral aos direitos dos reclusos.

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