O escândalo sobre as torturas praticadas pela CIA não tem prazo para terminar. Depois que o Departamento de Justiça dos EUA nomeou um promotor especial para investigar os casos mais extremos de maus-tratos a prisioneiros, Washington se prepara para a batalha política que se avizinha, enquanto as organizações de direitos humanos e a própria ONU querem uma investigação exaustiva.
Criticando a decisão da administração Obama, o ex-vice-presidente Dick Cheney, um enérgico defensor das políticas agressivas da administração Bush, disse que a informação obtida pela CIA mediante a tortura "salvou vidas".
As revelações, contidas num amplo relatória da própria CIA divulgado ontem, exacerbou as discussões políticas. Os democratas denunciam a "normalização" da tortura e os republicanos afirmam que "os fins justificam os meios" e que as "técnicas intensivas" autorizadas pela administração Bush ajudaram a "desmantelar novos atentados".
Para Cheney, os detidos que foram submetidos à asfixia simulada (waterboarding) "ajudaram a deter outros militantes da al-Qaida", trovejou.
Bush, versão 2.0
No outro lado do espectro político, organizações de direitos civis, que contribuiram para desclassificar o relatório, exigem que Obama cumpra com a promessa de acabar com as práticas da administração republicana.
"O presidente se comprometeu a colocar um fim à tortura e outras medidas ilegais. Mas enquanto não ficar claro que as leis serão cumpridas energicamente, suas palavras não serão dignas de crédito e suscitarão o fantasma Bush 2.0", declarou o diretor-executivo da organização Anistia Internacional, Larry Cox.
"O relatório demonstra que é mais importante que nunca estabelecer uma investigação completa e independente, com todo o rigor da lei, para colocar em evidência e exigir responsabilidades aos que encarregaram, projetaram e aplicaram métodos antiterroristas ilegais", disse Cox.
Cheney voltou à carga nesta terça-feira, declarando que "a decisão do presidente Obama, de permitir ao Departamento de Justiça que investigue e possivelmente processe funcionários da CIA, e sua decisão de ultrapassar a autoridade para interrogar da CIA à Casa Branca, serve como uma lembrança, se era preciso alguma, de porque tantos americanos tem dúvidas sobre a capacidade desta administração de ser responsável pela segurança de nossa nação".
Navi Pillay, do Conselho de Direitos Humanos da ONU, declarou que os EUA deveriam pagar indenizações às pessoas que manteve detidas sem acusações ou que foram torturadas. "Algumas pessoas perderam sete anos de suas vidas e podem ter ficado severamente prejudicadas do ponto de vista psicológico, físico e econômico, simplesmente porque estavam na hora e no lugar errados", disse.
Criticando a decisão da administração Obama, o ex-vice-presidente Dick Cheney, um enérgico defensor das políticas agressivas da administração Bush, disse que a informação obtida pela CIA mediante a tortura "salvou vidas".
As revelações, contidas num amplo relatória da própria CIA divulgado ontem, exacerbou as discussões políticas. Os democratas denunciam a "normalização" da tortura e os republicanos afirmam que "os fins justificam os meios" e que as "técnicas intensivas" autorizadas pela administração Bush ajudaram a "desmantelar novos atentados".
Para Cheney, os detidos que foram submetidos à asfixia simulada (waterboarding) "ajudaram a deter outros militantes da al-Qaida", trovejou.
Bush, versão 2.0
No outro lado do espectro político, organizações de direitos civis, que contribuiram para desclassificar o relatório, exigem que Obama cumpra com a promessa de acabar com as práticas da administração republicana.
"O presidente se comprometeu a colocar um fim à tortura e outras medidas ilegais. Mas enquanto não ficar claro que as leis serão cumpridas energicamente, suas palavras não serão dignas de crédito e suscitarão o fantasma Bush 2.0", declarou o diretor-executivo da organização Anistia Internacional, Larry Cox.
"O relatório demonstra que é mais importante que nunca estabelecer uma investigação completa e independente, com todo o rigor da lei, para colocar em evidência e exigir responsabilidades aos que encarregaram, projetaram e aplicaram métodos antiterroristas ilegais", disse Cox.
Cheney voltou à carga nesta terça-feira, declarando que "a decisão do presidente Obama, de permitir ao Departamento de Justiça que investigue e possivelmente processe funcionários da CIA, e sua decisão de ultrapassar a autoridade para interrogar da CIA à Casa Branca, serve como uma lembrança, se era preciso alguma, de porque tantos americanos tem dúvidas sobre a capacidade desta administração de ser responsável pela segurança de nossa nação".
Navi Pillay, do Conselho de Direitos Humanos da ONU, declarou que os EUA deveriam pagar indenizações às pessoas que manteve detidas sem acusações ou que foram torturadas. "Algumas pessoas perderam sete anos de suas vidas e podem ter ficado severamente prejudicadas do ponto de vista psicológico, físico e econômico, simplesmente porque estavam na hora e no lugar errados", disse.
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