Isolado pelo mundo, o atual presidente de Honduras, Roberto Micheletti, tem ignorado as manifestações internacionais contrárias ao golpe e à sua manutenção no poder. Nesta terça-feira, ele disse à missão de chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA) que, em 29 de novembro, "haverá eleições, reconheçam os países do mundo ou não".
"Vamos ter eleições no dia 29 de novembro. Eu peço a Deus que sejam maciças. Estamos incitando a população para que todo mundo vote, para que garantamos que neste país queremos viver em democracia", afirmou Micheletti, ironicamente, durante uma reunião na Casa Presidencial com a missão de chanceleres da OEA.
Micheletti também afirmou que, em Honduras, os três poderes do Estado "estão trabalhando, cumprindo com suas obrigações". Disse ainda que não tem "medo do embargo de ninguém" e que já "analisamos com toda tranquilidade, com toda firmeza, que este país pode seguir adiante, mesmo sem o apoio dos senhores e de outros países".
"Sabemos que vamos sofrer consequências graves, já nos enviaram as mensagens, mas temos fé no supremo criador, que não vai nos deixar sós, temos fé em Deus de que a posição de nosso país é simplesmente defender nossa democracia", ressaltou Micheletti, disposto a colocar em risco o país e seu povo, que podem sofrer na pele as sanções que o mundo impõe a Honduras, à medida que não reconhece o governo de fato.
Decidido a disparar contra os governos progressistas da região, o líder do governo autoproclamado afirmou, além disso, que se hoje estivessem "sob a poder do senhor Hugo Chávez (presidente da Venezuela), infelizmente aqui não haveria liberdade absoluta" para poder manter um "fórum" como o com os chanceleres da OEA.
Micheletti disse aos representantes da OEA que tem "muita fé nas eleições", que "nos propusemos a realizar como Governo da República, como Tribunal Supremo Eleitoral".
"Eu só quero pedir aos senhores, (...) com todo meu respeito que, por favor, escutem o povo, por favor, escutem as organizações que tremiam de medo antes do dia 28 de junho, mas que tinham medo de exteriorizar o que realmente estava acontecendo", acrescentou, ignorando o fato de que, há quase dois meses, os hondurenhos estão nas ruas, em um movimento pacífico de resistência ao golpe, apesar da violenta repressão.
Micheletti reiterou à missão que não houve golpe de Estado em Honduras contra Manuel Zelaya, no dia 28 de junho, mas uma "substituição constitucional". Acrescentou que "nenhum presidente de nenhum poder do Estado tem o direito de fazer o que se pretendia fazer" em Honduras, em alusão a Zelaya, que promovia um referendo popular, com o objetivo de reformar a Constituição.
A representação da OEA chegou ontem a Honduras, para uma visita de dois dias a Tegucigalpa, onde se reuniu com representantes de diversos setores sociais para buscar uma solução pacífica à crise política hondurenha, no marco do Acordo de San José, impulsionado pelo presidente da Costa Rica, Óscar Arias.
Sansão dos Estados Unidos
Nesta terça, os Estados Unidos anunciaram mais uma medida para pressionar à normalização da situação hondurenha. O país divulgou que vai suspender, a partir desta quarta-feira, seu serviço de concessão de vistos em Honduras, com exceção dos casos emergenciais. A ideia é favorecer uma saída negociada para a crise, depois do golpe de Estado que depôs o presidente Manuel Zelaya, anunciou o Departamento de Estado.
Como apoio à atual missão de chanceleres da região em Tegucigalpa, o Departamento de Estado decidiu "revisar totalmente a política de vistos em Honduras", ressalta o governo norte-americano no comunicado.
"Como parte dessa revisão, vamos suspender os serviços de vistos que não sejam urgentes, para os não-imigrantes, na seção consular de nossa embaixada em Honduras, a partir de 26 de agosto", indica o texto.
"Acreditamos firmemente que uma solução negociada é a forma apropriada para se avançar e que o Acordo de San José é a melhor solução", conclui o documento. A posição dos Estados Unidos em relação ao golpe vem sendo muito criticada. Muitos defendem que, apesar de o presidnete Barack Obama ter se manifestado contrário à investida militar, faltam gestos mais claros e sanções mais duras.
"Vamos ter eleições no dia 29 de novembro. Eu peço a Deus que sejam maciças. Estamos incitando a população para que todo mundo vote, para que garantamos que neste país queremos viver em democracia", afirmou Micheletti, ironicamente, durante uma reunião na Casa Presidencial com a missão de chanceleres da OEA.
Micheletti também afirmou que, em Honduras, os três poderes do Estado "estão trabalhando, cumprindo com suas obrigações". Disse ainda que não tem "medo do embargo de ninguém" e que já "analisamos com toda tranquilidade, com toda firmeza, que este país pode seguir adiante, mesmo sem o apoio dos senhores e de outros países".
"Sabemos que vamos sofrer consequências graves, já nos enviaram as mensagens, mas temos fé no supremo criador, que não vai nos deixar sós, temos fé em Deus de que a posição de nosso país é simplesmente defender nossa democracia", ressaltou Micheletti, disposto a colocar em risco o país e seu povo, que podem sofrer na pele as sanções que o mundo impõe a Honduras, à medida que não reconhece o governo de fato.
Decidido a disparar contra os governos progressistas da região, o líder do governo autoproclamado afirmou, além disso, que se hoje estivessem "sob a poder do senhor Hugo Chávez (presidente da Venezuela), infelizmente aqui não haveria liberdade absoluta" para poder manter um "fórum" como o com os chanceleres da OEA.
Micheletti disse aos representantes da OEA que tem "muita fé nas eleições", que "nos propusemos a realizar como Governo da República, como Tribunal Supremo Eleitoral".
"Eu só quero pedir aos senhores, (...) com todo meu respeito que, por favor, escutem o povo, por favor, escutem as organizações que tremiam de medo antes do dia 28 de junho, mas que tinham medo de exteriorizar o que realmente estava acontecendo", acrescentou, ignorando o fato de que, há quase dois meses, os hondurenhos estão nas ruas, em um movimento pacífico de resistência ao golpe, apesar da violenta repressão.
Micheletti reiterou à missão que não houve golpe de Estado em Honduras contra Manuel Zelaya, no dia 28 de junho, mas uma "substituição constitucional". Acrescentou que "nenhum presidente de nenhum poder do Estado tem o direito de fazer o que se pretendia fazer" em Honduras, em alusão a Zelaya, que promovia um referendo popular, com o objetivo de reformar a Constituição.
A representação da OEA chegou ontem a Honduras, para uma visita de dois dias a Tegucigalpa, onde se reuniu com representantes de diversos setores sociais para buscar uma solução pacífica à crise política hondurenha, no marco do Acordo de San José, impulsionado pelo presidente da Costa Rica, Óscar Arias.
Sansão dos Estados Unidos
Nesta terça, os Estados Unidos anunciaram mais uma medida para pressionar à normalização da situação hondurenha. O país divulgou que vai suspender, a partir desta quarta-feira, seu serviço de concessão de vistos em Honduras, com exceção dos casos emergenciais. A ideia é favorecer uma saída negociada para a crise, depois do golpe de Estado que depôs o presidente Manuel Zelaya, anunciou o Departamento de Estado.
Como apoio à atual missão de chanceleres da região em Tegucigalpa, o Departamento de Estado decidiu "revisar totalmente a política de vistos em Honduras", ressalta o governo norte-americano no comunicado.
"Como parte dessa revisão, vamos suspender os serviços de vistos que não sejam urgentes, para os não-imigrantes, na seção consular de nossa embaixada em Honduras, a partir de 26 de agosto", indica o texto.
"Acreditamos firmemente que uma solução negociada é a forma apropriada para se avançar e que o Acordo de San José é a melhor solução", conclui o documento. A posição dos Estados Unidos em relação ao golpe vem sendo muito criticada. Muitos defendem que, apesar de o presidnete Barack Obama ter se manifestado contrário à investida militar, faltam gestos mais claros e sanções mais duras.
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